. . Índice para medir participação de mulheres pretas no mercado de trabalho é criado

Indicador mostra que esse público tem a menor participação e salários mais baixos que outros grupos

 

Medir, gerar dados e ajudar a definir parâmetros nas empresas sobre a presença das mulheres negras em diferentes setores do mercado de trabalho: é essa a proposta do Índice ESG de Equidade Racial Mulher Negra. Criado pelo Pacto de Promoção da Equidade Racial, o indicador pode ser usado por companhias de diferentes setores na criação e desenvolvimento de metas e políticas afirmativas.

“Quando lançamos o Índice ESG de Equidade Racial mais ou menos um ano atrás, logo depois surgiu um incômodo: perceber que as mulheres negras são duplamente impactadas. Era gênero e raça, e não uma coisa só”, explicou Gilberto Costa, diretor-executivo do Pacto. Foi então que se identificou a necessidade de estabelecer um novo recorte, chegando ao IEER Mulher Negra. “Ele tem como objetivo dar às empresas dados para trabalhar com ações de médio e longo prazo para poder resolver essa questão da desigualdade racial com relação às mulheres negras”, disse.

O lançamento do indicador contou com a publicação da pesquisa A mulher negra no mercado de trabalho brasileiro: desigualdades salariais, representatividade e educação entre 2010 e 2022. O levantamento mostra que os salários recebidos pelas mulheres pretas são menores que os pagos para os outros grupos demográficos. Elas também participam menos do mercado de trabalho formal, enquanto no informal estão mais presentes.

IEER Mulher Negra está em fase de implementação no site do Pacto e as empresas signatárias terão acesso automatizado em breve.




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