. . Os impactos das eleições nos seus investimentos: quais são os caminhos que as definições em vista nos indicam?

O período imediatamente após a definição das urnas é um dos mais importantes termômetros sobre o futuro do país e, por que não, do rumo que você precisa dar para os seus investimentos. Por isso, no evento semestral da Geral Investimentos, os nossos especialistas trouxeram um panorama das expectativas atuais dos agentes de mercado e de indicadores considerando o atual cenário. E fizeram uma análise do que decisões e direcionamentos que já é possível auferir sobre o novo governo eleito sinalizam.

Partindo da questão central: onde estamos e para onde podemos ir? O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central, construído com base no que pensam os analistas do mercado, é sempre o primeiro norte macroeconômico que podemos contar. Os dados de constante queda e perspectivas de redução e inércia inflacionária – que se reflete na queda constante do IGPM – são positivas e permanecem ao longo de 2023, especialmente se considerarmos os preços dos serviços e preços administrados. No entanto, o IPCA, que mede os preços que chegam ao consumidor, especialmente de alimentos, está voltando a crescer. A redução que acompanhamos recentemente foi decorrente da queda estimulada de preços da gasolina e tarifas.

No encerramento de 2023, considerando o Focus divulgado no dia 28 de novembro, o cenário projetado hoje é de um IPCA 5,01% – percentual que vem aumentando com o passar das semanas, assim como a taxa esperada para o câmbio, para R$ 5,25, crescimento praticamente nulo, com um PIB de 0,70%, e uma Selic a 11,50%. As expectativas de que os juros básicos devem ter uma redução mais lenta também ganham força. As taxas futuras apresentam altas semanais constantes em função do risco fiscal e pela indefinição quanto aos ministérios, sobretudo o da economia. Esses já são reflexos claros das mudanças provocadas pelo pleito eleitoral.

No entanto, os indicadores de confiança da economia têm melhorado constantemente desde o ano passado. Passando a uma faixa que demonstra maior otimismo. Porém, deram desacelerada junto ao período eleitoral diante das incertezas que rondam esta transição. Isso indica um pouco de desaceleração da economia e que os rumos dependem das indicações da política econômica.

Entenda o cenário 

O governo apresentou ao Congresso sugestões para a PEC da Transição, indicando que o montante fora do teto de gastos poderia chegar a R$ 198 bilhões em 2023. Nesse contexto, o Auxílio Brasil está estimado em R$ 175 bilhões. O valor do benefício seria de R$ 600 e teria os R$ 150 adicionais por criança de até seis anos. Além disso, a sugestão é de que R$ 23 bilhões de excessos de arrecadação em 2022 seja destinado para investimentos, limitados a 6,5% do excesso de arrecadação de receitas correntes do exercício de 2021. Também pesou nas últimas semanas, apresentações de membros do Copom mostrando maior preocupação com a trajetória fiscal e seus reflexos na inflação. Por isso, a taxa de juros pode não cair no curto e médio prazos.

E a bolsa de valores?

O Ibovespa segue volátil no período. No entanto, o estrangeiro continua vendo o Brasil melhor. Longe de conflitos internacionais, inclusive. Eles entendem que já fizemos nossa lição de casa com a taxa de juros e esperam a continuidade de queda. Outro ponto é que a bolsa está descontada a preços de 2019.E para aqueles investimentos com uma estratégia de médio e longo prazo, o momento indicam opções e descontos interessantes. Mas não podemos esquecer dos riscos. Ou seja, sempre vai haver oportunidades, mas o momento é volatilidade!

Este ó o resumo do Ibovespa nos últimos 19 meses!

Após as eleições, vimos um fluxo de entrada de estrangeiros continuo. Hoje, o Brasil é um dos poucos países com a bolsa “subindo”.

E a renda fixa, como se “comporta” neste cenário, como deve ser vista pelo investidor?

O comportamento do investidor, em princípio não deverá sofrer alterações muito significativas porque a avaliação criteriosa dos riscos e oportunidades disponíveis no mercado não se altera.
A pergunta “Qual o melhor investimento em renda fixa” normalmente traduz a expectativa de “Qual o investimento com maior remuneração”. Entretanto, há fatores tão relevantes quanto à rentabilidade a serem observados na tomada de decisão.

Vejamos em partes.

A primeira observação a ser feita é quanto à SEGURANÇA. Ter confiança na saúde financeira dos emitentes do título de crédito é fundamental. É certificar-se, tanto quanto possível, da garantia de resgate do valor investido acrescido dos rendimentos contratados. Neste particular os títulos emitidos por instituições financeiras credenciadas ao FGC – Fundo Garantidor de Crédito possuem uma garantia adicional de até R$ 250.000,00, por CPF em situações em que o emitente do título fique impossibilitado de honrar seu compromisso.

Em um segundo momento há de se pensar na LIQUIDEZ dos ativos. Neste particular a ênfase é na liquidez antecipada ao VENCIMENTO. Ou seja, resgatar antes do prazo acordado. O resgate antecipado pode alterar o rendimento financeiro de alguns investimentos, para mais ou para menos, como veremos adiante.

Quanto a RENTABILIDADE vamos classificar os investimentos em PÓS e PRÉ-FIXADOS.

Os PÓS FIXADOS possuem a rentabilidade de um índice financeiro, como as taxas DI ou SELIC. A opção para estes ativos é adequada se há expectativa de crescimento dessas taxas e, ainda, se mantenham com ganho real (acima da inflação). No vencimento e em resgates antecipados o investimento será acrescido da variação acumulada da taxa correspondente.

Já os PRÉ FIXADOS são a opção para quem pretende manter sua posição até o vencimento ou, na hipótese de resgate antecipado haja expectativa de declínio das taxas de juros. Afora considerar que as taxas se mantenham com ganho real. Como o resgate antecipado desses ativos pode proporcionar aumento da rentabilidade se as taxas futuras se reduzirem ou redução da rentabilidade em situação inversa, vamos simular alguns cenários para que fique mais claro.

Vejamos uma aplicação de R$ 50.000,00 feita em 10/11/2022 com vencimento em 1/1/2025, com taxa de 13%.

Elaboramos três gráficos fazendo a comparação dos valores obtidos na curva do ativo (cálculos dos valores com a taxa original) e com as taxas de mercado para resgate antecipado.

No primeiro gráfico, em que a taxa no resgate antecipado é a mesma taxa inicial, os valores ao longo do tempo serão os mesmos.

Já no segundo quando a taxa se elevou a 15%, os valores para resgate antecipado serão menores do que os da curva, mas as diferenças vão reduzindo até o final do prazo, zerando no final do prazo.

No terceiro gráfico simulamos situação inversa estimando redução da taxa de juros de mercado para 11%. Observa-se que os valores resgatáveis antecipadamente serão maiores do que os calculados pela taxa original, mas essas diferenças se reduzem progressivamente até o final do prazo.
Conclui-se, pois, que os PRÉ FIXADOS podem oferecer aumento ou redução dos rendimentos ao longo de sua vigência, mas em qualquer circunstância manterá o rendimento contratado se resgatado no seu vencimento.

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