. . O Brasil em 2019

A entrada do País em um novo ano foi marcada por questões positivas e negativas. O mercado financeiro, em lua de mel com a equipe e o Presidente da República que assume, alcançou seu recorde histórico em pontos. Acompanhou esse cenário a manutenção de uma taxa de juros básica mais baixa, respaldada por condições de mercado.

Apesar de terminarmos o ano com as contas externas sob controle, o ambiente internacional pesou mais no câmbio. No entanto, previsões piores em relação às eleições em determinado momento também contribuíram para a sua desvalorização. A dívida pública permaneceu alta em 2018, e o Brasil começa mais um ano com um quadro fiscal preocupante. Para piorar, o Governo Temer terminou sem a aprovação de uma reforma na Previdência. E o cenário fiscal dos Estados e Municípios piorou ainda mais.

Em 2019, portanto, o foco para o novo Governo ficará no ajuste fiscal, especialmente na aprovação de alguma reforma na Previdência. A política econômica deve seguir liberal, com redução ainda maior no peso do Estado na economia, mais privatizações e maior abertura comercial. A tendência é que seja constante um processo de reestruturação das empresas estatais.

Apesar das dificuldades continuarem nos Estados, o que é um grande desafio para a economia nacional, a expectativa é de que o crescimento nacional seja retomado, considerando que há sinais cíclicos consistentes. Verifica-se também uma constante retomada do crédito a pessoas físicas e jurídicas, além de um maior protagonismo de mecanismos disponíveis no mercado financeiro para esse processo. Apesar do desemprego ainda estar elevando, a massa salarial já retomou níveis pré-crise.

Para colaborar, a inflação deve ser mantida dentro da meta do Banco Central (entre 4,5% e 6,5% ao ano). Para esse processo, tem sido fundamental a retomada da credibilidade do BC perante o mercado e a organismos mundiais. A taxa de juros, parte desse quadro, deve permanecer no atual patamar, de 6,5% ao ano, ou ser elevada um pouco.

O último relatório Focus do ano, publicado pelo Banco Central com base em análises de analistas do mercado, reflete que as perspectivas e expectativas são positivas.




Siga-nos no Twitter!