. . Investidor pessoa física cresce 43%

Os dados foram divulgados pela Bolsa de Valores, a B3, e tem relação ao total de 3,8 milhões de contas contabilizadas até julho de 2021. O crescimento de 43% nos CPFs cadastrados foi contabilizado em relação ao mesmo período de 2020. 

O levantamento feito pela B3 também mostra a chegada de investidores mais jovens e de fora do eixo Rio-São Paulo. A maior parte dos investidores entra no mercado de equities na faixa de 25 a 39 anos, representando 50% dos novos entrantes.

Dados demográficos também indicam uma diversificação. Apesar de o Sudeste do país concentrar o maior número de investidores, as demais regiões têm apresentado maior aumento relativo na comparação entre 2018 e 2021. As regiões Norte e Nordeste cresceram 575% e 486%, respectivamente. 

“Pessoas cada vez mais jovens e de outras regiões do país vêm percebendo as oportunidades de investir na bolsa e se dando conta de que podem começar com valores que cabem no bolso. Com mais opções de diversificação na carteira é possível se planejar para atravessar as oscilações do mercado rumo a novas fontes de rendimento”, Felipe Paiva, diretor de Relacionamento e Pessoa Física da B3.

A chegada dos novos investidores pessoas físicas, no último semestre, também influenciou o valor em custódia investido em renda variável, que alcançou R$ 545 bilhões, cifra 55% superior à registrada no mesmo período de 2020. Já o volume de negócios diários em renda variável subiu 26% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 14 bilhões.

“As pessoas estão investindo com valores menores. Observamos, por exemplo, que o primeiro investimento mediano mensal encolheu para R$ 352, ante R$ 985 em 2020”, constata Paiva. 

Investimento feminino

Quando se observa o comportamento de investimento das mulheres, nota-se que elas fazem o primeiro aporte com ticket mediano superior ao dos homens, sendo R$ 481 contra R$ 303. Historicamente, as investidoras entram com valores maiores. Em 2014, por exemplo, a média do valor inicial das mulheres era de R$ 6 mil, versus R$ 4 mil dos investidores do sexo oposto. A B3 observa ainda um crescimento relevante da participação de mulheres em BDRs, que hoje representam 25%. Em 2019, elas eram 18% do total de investidores.

Diversificação

As ações e os fundos imobiliários são os principais produtos de entrada desse investidor. Cada um desses produtos recebeu 38% e 56% mais investidores, consecutivamente, no primeiro semestre desse ano, em relação a 2020. Mas os ETFs e os BDRs cresceram 104% e 2.982% em número de investidores, respectivamente, no período.

“A disseminação de informações sobre ETFs, demonstrando a possibilidade de diversificação que ele permite, e a flexibilização nas regras de BDRs, possibilitando o acesso às pessoas físicas, fizeram com que os dois produtos crescessem dessa forma nesse primeiro semestre”, explica Paiva.

Observando a evolução do comportamento dos investidores, é possível notar que estão descobrindo novos produtos ao longo do tempo. O volume médio diário negociado de BDRs, por exemplo, totalizou R$ 166 milhões, um salto de 2.827% sobre o período equivalente de 2020.

PRINCIPAIS NÚMEROS: 1º Semestre 21 x 1º Semestre 20

43% é o aumento no número de investidores na B3, totalizando 3,8 milhões de contas (número de CPFs cresceu 42%, chegando a 3,2 milhões)

R$ 545 bilhões é o valor em custódia desses investidores em renda variável, o que representa um aumento de 55% no mesmo comparativo.

  • R$ 14 bilhões é o volume médio diário negociado no último semestre, alta de 25% sobre o período correspondente de 2020.
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  • 2.982% foi o salto no total de investidores em BDRs nos seis primeiros meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado.
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  • R$ 9 bilhões é o valor em custódia investido em ETFs, total 49% superior ao registrado no primeiro semestre de 2020.
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  • Passamos a marca de 1 milhão de investidores em fundos imobiliários, atingindo 1,4 milhões ao final do 1Sem/2021, alta de 56%

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