. . O que já podemos falar sobre 2018

No Brasil, os últimos indicadores mostraram que o crescimento da economia brasileira segue lento, gradual e errático. Isto é, os dados apresentam altas sequenciais em nível aquém do desejado, com quedas em meio à recuperação, que ainda não está plenamente estabelecida. Isso porque o desemprego segue elevado, existe alta capacidade ociosa, crédito crescendo abaixo do almejado e confiança voltando, porém ainda não chegou ao nível de otimismo, o que contribui de sobremaneira para que a recuperação não seja mais rápida.

Outro fator não menos importante e que explica parte da tomada de decisão mais cautelosa dos empresários e consumidores é o cenário eleitoral indefinido, com alguns candidatos a presidência já se apresentando, mas com disputa totalmente aberta, em especial após o ex-presidente Lula ser praticamente “carta fora do baralho”, dado a sua condenação.

Nesse contexto, ainda seguimos com notícias boas do lado da inflação, que continua em um patamar abaixo da meta do Copom no acumulado em doze meses e, por isso e outros fatores como a atividade fraca e o elevado desemprego, o Copom tende a reduzir mais uma vez a taxa Selic de 6,75% para 6,50% ao ano na próxima reunião de março, o que será o novo mínimo histórico para a taxa de juros básica do Brasil, fazendo como muitos investidores estejam migrando para fundos de renda variável ou multimercados.

Em suma, os dados econômicos do Brasil mostram um cenário positivo para 2018 em termos de crescimento do PIB, da inflação, do setor externo, de confiança e até mesmo das contas públicas, se levarmos em consideração que o governo está cumprindo o objetivo este ano de estabilizar a dívida pública em relação ao PIB e o déficit primário está abaixo do projetado pelas “regras fiscais”.

Tenha acesso a uma análise completa na Carta do Gestor de março. Leia aqui.




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