A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros (Selic), trouxe um posicionamento diferente: a clareza de que, por hora, não haverá novos cortes. No entanto, o Banco Central definiu por manter os juros básicos em 2% ao ano. E, em comunicado, ressaltou a possibilidade de manutenção ou aumento nas próximas decisões.

Na atualização do cenário base do Copom, algumas questões foram ressaltadas para justificar a atual decisão e expectativas. Entre elas:

• -No cenário externo, a ressurgência da pandemia em algumas das principais economias deverá afetar a atividade econômica no curto prazo. No entanto, os resultados promissores nos testes das vacinas contra a Covid-19 tendem a trazer melhora da confiança e normalização da atividade no médio prazo. A presença de ociosidade, assim como a comunicação dos principais bancos centrais, sugere que os estímulos monetários terão longa duração, permitindo um ambiente favorável para economias emergentes.

-Em relação à atividade econômica brasileira chama atenção que os indicadores recentes sugerem a continuidade da recuperação desigual entre setores, em linha com o esperado. Contudo, prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais.

O comunicado traz o cenário completo analisado pelo Copom para a tomada de decisão.