. . A tempestade: e agora?

Depois de um início de ano conturbado, quando os últimos dias foram piores, a queda acumulada do Ibovespa até ontem, 11.03, de 26.35%, traz um recado principal: a bolsa brasileira está mais barata! Em pontos, de janeiro até agora, o Ibovespa passou de 113 mil pontos para 85 mil pontos.

E, em dólar, a descida é maior ainda: o principal índice de ações brasileiro está 50% desvalorizado em relação ao final de 2019.

Para relembrarmos, a queda das últimas semanas aconteceu devido a dois fatores: ao aumento e aos efeitos do coronavírus presentes (além dos potenciais) na economia real – com fechamento de partes de países e do impacto direto na cadeia mundial de insumos, e ao início de uma guerra comercial, podemos chamar assim, relacionada ao preço do petróleo, entre Arábia Saudita e Rússia.

De forma prática, a nossa visão sobre este cenário é que ele representa uma oportunidade para aumentar posição no mercado de ações. E é isso que estamos fazendo, por exemplo, através dos fundos de ações que administramos: GALT FIA e o Geral Dividendo (que tem uma proposta mais defensiva).


Outra ação que estamos tomando é monitorando o mercado para tentar cair menos que o Ibovespa. Isso segue nossa lógica de buscar, sempre, estar à frente do índice. Desde o início do ano, até 6 de março, última sexta-feira, o GALT perdia 6,49% frente a uma queda de 9,92% do Ibovespa. E o Geral Dividendo, desvalorizava 7,90%.

O cenário interno

Diante de tudo isso, o que temos acompanhado no Brasil é:

– Redução das expectativas de crescimento do PIB para 2020. A primeira série do Boletim Focus do mês de março, divulgado dia 9, traz uma projeção entre 1,8% e 1,5%. Bem abaixo dos 2,3% apontados bem no início do ano;

– Oportunidade para nova redução da taxa de juros básica, a Selic. As novas projeções têm ficado entre o patamar atual de 4,25% e 3,5% a ano;

– Taxa de câmbio subindo fortemente.

Em relação à variação da moeda, em outras épocas, a preocupação com a pressão na inflação acontecia no mesmo momento e a ação do Banco Central buscava ser cirúrgica. Mas não é o que está se vendo agora, apesar do monitoramento pela autoridade monetária e de ações pontuais através dos leilões da moeda americana.


Isso demonstra que a situação brasileira é outra hoje. Mais estável. O que reforça as expectativas de mais um corte nos juros, em vez de aumentá-lo, como era comum em cenários de crise.




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