. . Taxa Selic, bolsa e poupança

A última quarta, dia 6 de setembro, o Comitê de Política Monetária (COPOM) anunciou mais um corte na taxa básica de juros, levando a SELIC para 8,25% ao ano.  Essa decisão foi ao encontro do que alguns especialistas, incluindo os nossos analistas, previam. Como foi apresentado na nossa palestra semestral, esse corte tem como propósito estimular os investimentos e a atividade econômica no Brasil, que ainda não entrou em um grande ciclo de recuperação. Nesse sentido, acredita-se que ainda há espaço para maiores reduções sem que isso traga a ameaça de inflação. O que não se sabe é se o ritmo de corte vai permanecer o mesmo nas próximas reuniões do COPOM.

Na esteira da redução da SELIC, cai a rentabilidade da Caderneta de Poupança, de acordo com as regras oficializadas em 2012. Quando a taxa básica fica abaixo dos 8,5%, o cálculo da rentabilidade anual da poupança deixa de ser 6,17% + TR e passa a ser 70% do valor da SELIC +TR, deixando a opção bem menos atrativa, especialmente diante de outros mercados que têm mostrado grandes taxas de crescimento e rentabilidade.

É o caso da Bolsa de Valores, que apresentou em agosto um crescimento de 7,46%, chegando a ultrapassar a linha dos 70.000 pontos. Esse fenômeno, que muito se deveu ao influxo de capitais internacionais, também segue a tendência apontada pelos nossos especialistas, que alertavam no início do mês passado para a existência de uma janela de oportunidade baseada no delay nos números da bolsa em relação às condições atrativas da economia. Mesmo diante do crescimento vertiginoso já registrado, entendemos que a diversificação da carteira de investimentos, com mais espaço destinado a aplicações em renda variável, é a melhor opção para obter bons níveis de rentabilidade diante do momento atual.

Leia aqui matéria publicada no Jornal Zero Hora sobre reflexos da queda nos juros, da qual participou o economista-chefe da Geral Investimentos, Denílson Alencastro. 




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