Pela terceira reunião seguida, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 6,50% ao ano.

No comunicado divulgado após a decisão, a atualização do cenário que endossou a decisão é reforçada pelos indicadores recentes da atividade econômica, que refletem os efeitos da paralisação no setor de transporte de cargas, no entanto, com evidências de recuperação subsequente. Segundo o documento, o cenário básico contempla continuidade do processo de recuperação da economia brasileira, em ritmo mais gradual do que aquele esperado antes da paralisação.

Por sua vez, a inflação do mês de junho também refletiu os efeitos altistas significativos da paralisação no setor de transporte de cargas e de outros ajustes de preços relativos. No entanto, dados recentes corroboram a visão de que esses efeitos devem ser temporários. As medidas de inflação subjacente ainda seguem em níveis baixos, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. As expectativas de inflação para 2018 e 2019 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,1%. As expectativas para 2020 e 2021 situam-se em torno de 4,0%;

Quanto ao cenário externo, apresentou certa acomodação no período recente, mas segue mais desafiador. Os principais riscos estão associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas e a incertezas referentes ao comércio global. Segundo o Copom, o apetite ao risco em relação a economias emergentes manteve-se relativamente estável, em nível aquém do observado no início do ano.

Confira o comunicado na íntegra.