Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2019, a taxa básica de juros foi mantida a 6,5% ao ano. A decisão foi consensual entre os membros do Comitê, da mesma forma como na última reunião de 2018.

Influenciou para a manutenção da Selic um cenário base marcado por indicadores recentes da atividade econômica que continuam evidenciando que a recuperação da economia é gradual, conforme Ata divulgada na tarde de ontem (06/02).

Nela, o Comitê ressaltou que “avalia que diversas medidas de inflação subjacentes se encontram em níveis apropriados ou confortáveis, inclusive componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária”. As expectativas de inflação para 2019, 2020, 2021, apuradas pela Pesquisa Focus, encontram-se, respectivamente, em torno de 3,9%, 4,0% e 3,75%.

Também pesou o cenário externo desafiador, porém, com “alguma redução e alteração do perfil de risco. Por um lado, diminuíram os riscos de curto prazo associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas. Por outro, aumentaram os riscos associados a uma desaceleração da economia global, em função de diversas incertezas, como as disputas comerciais e o Brexit”.

Ao fazer essas e outras considerações, a divulgação menciona a seguinte expectativa do Comitê: tal cenário supõe trajetória de juros que encerra 2019 a 6,5% a.a. e se eleva para 8,0% a.a em 2020, considerando projeções recentes divulgadas no Boletim Focus de inflação e câmbio, essa taxa a R$/US$ 3,70 em 2019 e R$/US$3,75 em 2020.