. . Balanço dos impactos dos recentes eventos

A greve dos caminhoneiros, acontecimento que impactou o mês de maio, somou-se ao cenário que marcou boa parte do primeiro semestre de 2018. O governo brasileiro, que já era observado como fraco pela população, teve essa visão ampliada. Medidas tomadas para encerrar a greve terão impacto negativo nas contas públicas. Estimativas divulgadas pelo Itaú, por exemplo, são da ordem R$ 13,5 bilhões. O resultado disso tudo aumenta ainda mais as incertezas no pleito eleitoral.

A partir de agora, o mercado está com a calculadora na mão. No curto prazo, impactos negativos deverão ser sentidos em toda cadeia produtiva, podendo influenciar na confiança nos próximos meses. A expectativa para o crescimento do PIB, já apontado como lento, gradual e errático, permanece. Mas revisões para baixo ganham força. Os números recentes são de um PIB crescente em 0,4% no 1T18 na comparação com o 4T17 e 1,2% em relação ao 1T17.

Leia mais sobre direção do PIB em matéria publicada pelo Jornal Zero Hora, que contou com entrevista do nosso economista-chefe, Denilson Alencastro. 

A pressão, de curto prazo, na inflação é outro efeito. No entanto, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa de juros inalterada em 6,5% na última reunião. Isso até gerou surpresa na maioria dos agentes do mercado. Do lado positivo também teve o recuo do desemprego. Embora ainda esteja alto, na casa dos 12,9%, dados do CAGED mostrou criação de 116 mil vagas formais de trabalho no Brasil em relação ao mês de abril.

Na bolsa de valores os efeitos também foram sentidos. Praticamente todos os índices estão com variação negativa durante os dez primeiros dias do mês de junho e também no acumulado do ano. O Ibovespa, nos mesmos períodos, apresenta desvalorização próxima dos 5%. No entanto, o fechamento do índice em dólares ainda foi positivo em 17% em maio, diante da queda de quase 11% nesse mês. Em doze meses, o Ibovespa mantém valorização de 16,23%, muito superior a outros indicadores que medem rendimento de outras opções de investimentos, como o CDI (7,59), a poupança (6,96%) e até o Dólar (15,29%). O Ouro apresenta variação de 1,67, e o IGPM de 1,89%, no mesmo período.




Siga-nos no Twitter!