. . A alta dos juros americanos no Brasil

A decisão do Federal Reserve (FED), Banco Central americano, em elevar os juros básicos para a faixa de 1,75% a 2% ao ano, ocorrido na semana passada, é somente mais um aumento entre os próximos que devem vir. Até o final do ano, há mais quatro reuniões que vão discutir a política monetária da maior economia do mundo. A tendência de subida dos juros deve permanecer. A perspectiva é de mais um ou dois aumentos. O mercado trabalha com uma taxa na faixa de 2,25% a 2,50% ao ano para o final do ano.

O primeiro aumento ocorrido em 2018 foi na reunião de 21 de março, quando a taxa subiu 0,25 pontos percentuais, chegando na faixa entre 1,5% e 1,75% ao ano. Esse foi o quarto aumento após a posse do presidente Donald Trump, cujo governo espera que a trajetória ascendente dos juros reforce medidas de estímulo à economia.

Entre os efeitos na economia mundial está a valorização da moeda americana, reforçando a tendência de aumento do Dólar. Para países emergentes, como o Brasil, os efeitos são sentidos na redução do apetite por risco dos investidores. A saída de dinheiro do mercado financeiro local é um dos efeitos. Nos últimos meses, isso tem refletido no fluxo negativo de investimento estrangeiro, agravado pelo cenário político brasileiro. O mercado tem entendido que o risco político tem afetado de forma mais frequente as expectativas. A greve dos transportes e seus efeitos se somou a esse quadro.  




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