. . A hora dos estímulos

Os últimos dias foram de anúncios, especialmente, dos governos americano e brasileiro, sobre medidas de estímulo à economia diante dos efeitos da pandemia do coronavírus (COVID-19).

As bolsas de valores do mundo vinham se pautando pela avaliação que o parlamento dos Estados Unidos estava fazendo sobre o pacote de injeção de US$ 2 trilhões na economia, aprovado na noite de ontem. Os detalhes de como será esta ajuda ainda serão conhecidos ao longo do dia. E devem continuar movimentando o mercado.

No Brasil, entre notícias atualizadas sobre os números de infectados com o COVID-19 e os pronunciamentos do presidente Jair Bolsonaro, organismos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e o Banco Central (BC) anunciaram medidas.

O BNDES suspendeu por seis meses o pagamento de dívidas de empresas e anunciou R$ 55 bilhões para companhias. Além de outras providências:

– Recursos no valor de R$ 20 bilhões do fundo do PIS-Pasep serão transferidos para o FGTS;
– Por enquanto, empresas estarão livres de pagar financiamento contraído. O montante liberado foi no valor de R$ 19 bilhões;
– E de fazerem o pagamento de parcelas de financiamentos indiretos no valor de R$ 11 bilhões;
– O crédito para micro, pequenas e médias empresas, via bancos parceiros, foi ampliado no valor de R$ 5 bilhões.

De acordo com o BC, um dos principais objetivos da autoridade monetária em momentos de crise de grande porte, como este, é manter a funcionamento dos mercados financeiros. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou que o banco vem atuando através de intervenções nos mercados de câmbio e de juros.

Como:

– Por meio da cooperação com o Federal Reserve (FED), o BC americano, a oferta potencial de dólar no mercado brasileiro foi ampliada em US$ 60 bilhões (através de uma linha de swap);
– Ações estruturadas com o Tesouro Nacional também estão dando suporte aos negócios com Títulos Públicos;
– Redução do compulsório (montante que os bancos comerciais devem passar ao Banco Central referente aos depósitos que recebem de seus clientes) sobre recursos a prazo, como de 25% para 17% e de 31% para 25%.

Segundo o BC, calcula-se que todas as medidas anunciadas até aqui devem injetar R$1,2 trilhões na economia brasileira. Um detalhamento da ação do BC pode ser acessado nos documentos disponibilizados no site.

Desde a semana passada, o Ministério da Economia também vem divulgando formas de socorrer trabalhadores e empresas. Uma série delas foram enviados ao Congresso Nacional para a avaliação. Calcula-se que movimentem R$ 147,3 bilhões em ações emergenciais.

Um consolidado delas pode ser acompanhado nesta reportagem, feita pela Rádio Aparecida de São Paulo, que contou com a análise do economista-chefe da Geral Asset, Denilson Alencastro.

Após a publicação deste post, no dia 27/03, o Banco Central anunciou novas medidas de estímulo à economia. Confira um resumo delas.




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